sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ainda Há Uma Esperança

Foi naquela tarde
Naquela tarde de Janeiro
Olhei o mar e o céu
O horizonte em redor
Depois fechei os olhos
Concentrei minha mente
Naquelas terras
Do outro lado do mar
Deixei meu pensamento voar!.

Enquanto uns sorriam
Outros choravam!...
Com fome, com frio
Era o sofrimento e a dor
Caminhei mais uns passos
E vi crianças, dando as mãos
Pedindo ajuda, pedindo amor
Dizendo não à guerra e à dor!.

No meio dessas crianças
Estava uma, muito pequena
Que não me deixava de olhar
De momento pareceu-me ver
Essa criança sorrir!?
Mas era tudo uma ilusão
Essa criança,
Estava mesmo a chorar!.

Ela levantou-se
E começou a caminhar
Na minha direcção
Já junto de mim
Me deu um beijo
E pegou em minha mão!

Depois olhos, nos olhos
Começou a dizer, que mal!
Que mal fizemos nós
Para tanto nos fazer sofrer?!

Não passamos de crianças
Sozinhas e indefesas
O nosso futuro
É sofrimento e morte
Todos prometem melhor
Mas até agora esta é
A nossa única certeza!.

Certeza que o amanhá
Já não existe!
Para mim, para ele, para nós
Por isso pede ao teu povo
Que não olhe a raça, nem a cor
E que nos ajudem
Que nos ajudem por favor!!!

Talvez, já venha tarde para mim
Mas, não virá para meu irmão!

Depois largou minha mão
E começou a caminhar
Foi então que lhe perguntei:
-Quem é o teu irmão?
Ela me olhou
E um a um apontou!.

Eram todos, eram todos
E frisou bem
Sejam eles, de uma outra raça
Ou de uma outra cor
São todos meus irmãos
Porque são todos humanos
Todos eles merecem nosso carinho
Porque ninguém, sobrevive sem amor.

Depois levantou-me a mão
E começou a dizer adeus
Adeus, meu irmão, meu amigo
Eu não posso partir
Mas tu podes levar
Algo de mim contigo.

De repente abri os olhos
E lembrei, relembrei
E voltei a relembrar
Não passou de um sonho
O pior é que a realidade
Era mesmo assim
E eu tinha-a que aceitar.

Por isso eu peço
Ajudem aquelas crianças
Do outro lado do mar
Vamos todos dar as mãos
Torná-las mais felizes
Para que possam de novo sonhar!

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